Graphic Novel | Um Contrato com Deus

Com “Um Contrato com Deus”, o nova-iorquino do Brooklyn inventou as graphic novels. Ao dar uma mão de sofisticação literária às HQs, abriu espaço para boa parte do PIB cultural que alimenta a indústria da diversão. Provas? O trabalho do ilustrador limpou a estrada que resultou em fantásticos álbuns – como “Watchmen” e “V de Vingança”, de Alan Moore, e “O Cavaleiro das Trevas” e “Sin City”, de Frank Miller.
“Sin City” e “V” acabaram no cinema. Com sucesso. “Watchmen” vai para a telona. Batman, Super-Homem, X-Men, com um verniz adulto, criaram um nicho bilionário – “Homem-Aranha 3” é o campeão de bilheteria do ano. Ao tratar o leitor de HQs como alguém que sabe ler, Eisner entrou para o panteão dos gênios. É reverenciado por escritores como John Updike. Michael Chabon, autor de “Kavalier e Clay”, lhe deve uma ou duas doses de inspiração. Art Spielgelman, do premiado “Maus”, é fã. Virou troféu. O prêmio anual que faz as vezes de Oscar dos quadrinhos chama-se...Will Eisner.
O leitor que quiser começar a entender e gostar de gibis, tem agora a chance ideal. Mergulhar na obra de Eisner é passear pelos limites de um veículo. “Ele não estava apenas à frente de seu tempo. Os dias de hoje ainda estão tentando alcançá-lo”, escreveu Updike. Pague para ver.
Edmundo Clairefont
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